quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Eu não devia ter fugido da aula de forró

Não devia! Se eu soubesse dançar, se não tivesse escapado das aulas da Maíra, lá no curso de extensão oferecido por ela, na UFMG, em 2013, olha... Hoje teria sido eu o par da Maria, lá no forró que fomos aqui na quadra de Itacaré, mais cedo...

Maria é essa mulher incrível e inacreditável que dorme quase ao meu lado, aqui no hostel. A que chegou ontem, de dupla com o Rodolfo,  lá de São Paulo.  Essa criatura apaixonante que já  viveu, leu, viu e aprendeu de um tudo, até a falar russo! E enquanto falamos da gente, não passamos uma vírgula sem concordar ou sem ser pura coincidência. Menos na coisa de falar russo, porque eu não falo, é óbvio...  Estou apaixonado, não tenho dúvida e brincando de dançar perigosamente (e deliciosamente)  com essa sensação de não  tirar o pé do chão, enquanto a cabeça confabula como quem  vive embriagado dessa rara plenitude. A Maria tem um namorado e, por tudo que ela já me falou sobre, ponto final nessa minha pequena exasperação bebum-poética.

E depois de tanto caldo no mar, não é possível que eu não tenha aprendido a segurar a minha onda!

(...)

(É possível!)

Mas nem só de encantos por Maria o dia de hoje foi feito, olha só que maravilha: fui ao samba, tomei umas quatro caipirinhas, umas duas cervejas e segura na mão de Deus, santo anjo do senhor, me ajuda, eu prometo não beber mais tanto (pelo menos aqui, em Itacaré). Não me deixa ter ressaca não que ó, eu prometo meu Jesus Cristinho, prometo uma penca ponderação, prudência e discernimento nos próximos dias! E prometo também não usar mais "ponderação, prudência e discernimento" num pedido, às quatro da manhã, porque nem vocês e nem a Nossa Senhora do Engov não tomado são obrigados.

Nisso já sinto daqui uma dorzinha de cabeça  raiando no horizonte da minha nuca. Ê alvorada!

Só pra tomar nota antes de finalizar: hoje foi bonito. Monique, a dona do Hostel, nos levou, gentilmente,  à uma praia mais distante chamada Engenhoca. Fomos eu, Maria, ela e Rodolfo. Pra ir à essa praia, só de carro mais uma caminhada de uns vinte minutos mata a dentro. E depois desse anda-anda por onde a gente passa por uma obra embargada de um resort, já  em ruínas, uau!  Que lugar afrodisíaco?! Foi essa palavra que você usou, Maria? "Não", ela me disse,  "falei Pa-ra-di-sí-a-co". Sim! Isso mesmo. Paradisíaco.  Depois, a Monique nos convidou para irmos a um bar onde rola um reggae toda noite de quarta feira. Eu, que já pensei umas duzentas vezes em virar hippie e "viver da minha arte na praia" , nem hesitei:  vamos ao reggae! Mas hoje/ontem a casa estava fechada e fomos para o samba e depois, eu mais a Maria cruzamos a Pituba, rumo ao forró, principal atração da noite, mas que estava minguadinho... A juventude gringa estava toda no meio do caminho, num bar chamado "Favela" ( "Favela" humpf, sei...) ao som da fritação da música eletrônica... Bom... Sorte a nossa...

Nenhum comentário:

Postar um comentário