sábado, 4 de fevereiro de 2017

Eu ando pelas ruas

do centro dessa Belo Horizonte, sozinho, quando de noite. Sempre que posso fico improvisando uns itinerários até chegar a um ponto qualquer e aí sim ir pra casa. Ou também posso me sentar num bar, beber e comer alguma coisa. Como hoje, que estou aqui, a espera de um hambúrguer e umas fritas descumprindo a promessa que eu não comeria fritas, nem hambúrguer. E também não beberia cerveja, como estou bebendo. Não acho isso ruim, a coisa de andar sozinho, por aí. A pior parte é não saber como levantar dessa mesa e deixar minha cerveja pela metade para ir ao banheiro, enquanto um monte de gente em pé aguarda por um lugar. Cobiçam a minha mesa. Eu, sozinho nela com três cadeiras sobressalentes, e eles todos, aos montes, me encarando, como quem pergunta "quanto mais você demora?". Gente, juro que não sei. Daí, abaixo a cabeça, pego o celular e começo esse texto, para não mais cruzar com o olhar deles. Eu poderia convidar todos - aliás, três deles - para se sentarem aqui comigo,mas não sei se eles topariam... Na verdade, não sei bem se eu toparia dividir a noite com eles, recém saídos do carnaval ainda prematuro que já pipoca por tudo que é parte dessa Belo Horizonte. Gente, eu lhes diria, é só mais um pouco de tempo enquanto quebro minha promessa por completo e me empaturro de hambúrguer, cerveja e batata. Preciso parar de pensar no xixi. Ou pensar logo numa tática para ir à roça sem perder a carroça...

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